São Justino, Mártir: por Bento XVI, por ele próprio
Na sua totalidade,
a figura e a obra de Justino marcam a opção decidida da Igreja antiga pela
filosofia, mais pela razão do que pela religião dos pagãos. Com a religião
pagã, de facto, os primeiros cristãos rejeitaram corajosamente qualquer
compromisso. Consideravam-na idolatria, à custa de serem acusados por isso de
“impiedade” e de “ateísmo”. Em particular Justino, especialmente na sua
primeira Apologia, fez uma crítia
implacável em relação à religião pagã e aos seus mitos, por ele considerados
diabólicas “despistagens” no caminho da verdade. A filosofia representou ao
contrário a área privilegiada do encontro entre paganismo, judaísmo e
cristianismo precisamente no plano da crítica à religião pagã e aos seus falsos
mitos. “A nossa filosofia…”: assim, do modo mais explícito, definiu a nova
religião outro apologista contemporâneo de Justino, o Bispo Melitão de Sardes (ap. Hist. Eccl. 4, 26, 7).
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